quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A cavalo pelo campo, com paisagem de Serra

Acredita que a vida é uma colecção de experiências? Gostaria de fazer algo de diferente durante o seu fim-de-semana?


Aqui fica mais uma proposta, um passeio a cavalo ou de charrete, tendo como companhia o ar puro e a natureza. 
Não se preocupe, mesmo que nunca tenha visto um cavalo de perto, porque o seu anfitrião e guia lida há muitos e muitos anos com os simpáticos cavalos.


Na Quinta da Moreirinha, a 2 km Covilhã, e cerca de 10 km de Caria, poderá concretizar esta experiência, com programas que vão de uma a cinco horas, ideais para pessoas experientes e mesmo para quem nunca montou. 
No Passado de Pedra teremos muito prazer em efectuar a marcação. No entanto, também poderá efectuar a marcação directa, através do telemóvel 963 066 938.

Quinta da Moreirinha
Escadas de S. Silvestre, nº3 - Covilhã
Internet: www.passeios-cavalo.com
GPS 40 16 26
      07 27 02

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

As setas amarelas do Monte do Bispo até Belmonte....


Algumas pessoas, em Caria, fizeram-me a pergunta: “Porque é que agora há setas amarelas por todo o lado?”

 A explicação era simples, porque no passado dia 24 de Julho, numa iniciativa da Câmara Municipal de Belmonte, procedeu-se à marcação do percurso desde o Monte do Bispo até Belmonte. Este percurso, com cerca de 13 km, fazia parte da denominada "Via da Estrela", caminho percorrido pelos peregrinos que se dirigiam de Mérida a Braga, e daí para Santiago de Compostela.
 Bem, mas havia a pergunta seguinte: “Porquê a marcação com setas amarelas?”
Para esta pergunta a resposta era um pouco mais longa, e baseada apenas em informação retirada da Internet. Será que esta informação é verdadeira ou quase que uma lenda, pois……

Diz-se que Elias Valinã Sampedro, pároco da localidade espanhola de “O Cebreiro”, situada no caminho Francês foi o pioneiro na marcação do caminho, tendo dedicado muitos anos da sua vida ao estudo do Caminho de Santiago.

Elias Valinã Sampedro nasceu em Lier (Lugo), em1929, tendo ingressado no seminário de Lugo e ai efectuado os seus estudos eclesiásticos, terminando em 1953. Mais tarde, em 1957, matricula-se na Faculdade de Direito Canónico da Universidade de Pontifícia de Comillas, obtendo a licenciatura em 1959.

Realizou ainda um curso de doutoramento, na Universidade Pontifica de Salamanca, e a sua tese versou sobre “O Caminho de Santiago Estudo Histórico e Jurídico”.

Consta que, em 1984, Elias Valiña após lhe terem oferecido uma grande quantidade de tinta amarela, que tinha sobrado de uma obra, teve a original ideia de começar a sinalizar todo o caminho desde França até Santiago de Compostela com setas amarelas.

Na realidade, a sinalização com as setas amarelas espalhou-se pelos outros caminhos europeus, e é seguindo a mesma que milhares de peregrinos se orientam nos Caminhos de Santiago!.

domingo, 11 de setembro de 2011

Restaurante D. Sancho

O Restaurante D. Sancho, situa-se na Aldeia Histórica de Sortelha, junto à sua entrada e o seu nome surge devido ao foral dado à vila por D. Sancho I, em 1187. Está instalado num antigo edifício de granito bem recuperado e a sala é bastante acolhedora.
Aqui poderá encontrar vários pratos da gastronomia local, tais como a perdiz estufada com legumes, o javali com castanhas, o ensopado de cabrito e o cabrito grelhado. A comida é bastante bem confeccionada e é preciso que traga fome, pois a dose…..
Bem, mas se ainda tiver “um buraquinho”, aconselhamos as típicas Papas de Carolo, o Leite-creme ou o Arroz Doce.
Claro que a visita ao D.Sancho deve ser feita depois de visitar a vila e subir às muralhas, porque depois do almoço, será muito mais difícil!!.

Contactos:
Largo do Corro
Fecha ao Domingo ao jantar e à 2ªfeira
telf.:  271388267

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Museu do Queijo em Peraboa


Bem pertinho de Caria foi inaugurado, a 14 de Maio de 2011, o Museu do Queijo, na freguesia de Peraboa, concelho da Covilhã, com o desejo de homenagear a pastorícia, sobretudo o queijo. O manifesto do gado lanígero, ocorrido entre 1811 – 1833, no concelho da Covilhã, dá conta da tradição agro-pastoril de Peraboa, que contava com cerca de 4577 ovinos. Desta terra farta, saíram centenas de arrobas de queijo, que eram transportadas nos velhos cestos, em castanho ou vime, para a Covilhã e Lisboa. Os burros albardados a rigor, e com os alforges, passavam as águas gélidas de Inverno do Rio Zêzere. Desses tempos, restam as memórias que o Museu do Queijo pretende recuperar e devolver aos nossos visitantes, sem ignomínia.
Na matriz antropológica, cultural, histórica e gastronómica de Peraboa, salientamos o queijo “corno” ou velho, uma iguaria que sacia as pupilas gustativas.
De dentro para fora, o Museu pretende difundir as tradições, o brado dos campos férteis, o pastor, os rebanhos e a transumância.
O Museu do Queijo é uma verdadeira viagem sensorial não só à volta do Queijo da Serra da Estrela, como também pelas planícies da Cova da Beira.Este Museu é único em Portugal e dá a conhecer, numa primeira fase, a fauna e a flora, no contexto da Cordilheira Central Ibérica, tendo 1993 metros de altitude, dividindo o Norte do Sul de Portugal. São destacadas a Raça de Ovelha Bordaleira, a autóctone dos planaltos; de Peraboa, a Churra Mondegueira.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Festa da Cereja em Alcongosta

É tempo da Cereja e as feiras multiplicam-se na Cova da Beira, mas a Festa da Cereja, em Alcongosta, que decorreu entre 9 e 12 de Junho, é talvez a mais visitada. Este ano teve até a honra da visita do Presidente da República, inserida nas comemorações do dia 10 de Junho, realizadas em Castelo Branco.

Toneladas de Cereja, muitas pessoas, muitas tasquinhas, muita animação de rua, artesanato e algumas ideias criativas com base no fruto homenageado, a Cereja!.

   

Provámos Pasteis de Nata de cereja, oferta de uns simpáticos clientes do Passado de Pedra, granizado de cereja e espetadas de cereja envoltas em chocolate, ideias da Escola de Hotelaria do Fundão, que esperamos venham a ter continuidade.

Pelas ruas andaram concertinas, bombos, ranchos folclóricos e grupos de cantares e a animação durou até de madrugada.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Festa da Cereja no Ferro


A Junta de Freguesia do Ferro realizou, de quatro a cinco de Junho, mais uma edição da Feira Agrícola/Feira da Cereja.
A Vila do Ferro fica apenas a doze kilometros de Caria e por ser tão perto o Passado de Pedra decidiu  fazer uma visita e claro comprar uma caixinha de cerejas!!.
Este evento tem como principal objectivo a divulgação da Cereja local, bem como a dinamização da agricultura e a divulgação do artesanato. No entanto, à venda havia também bons enchidos e presunto.


Na feira havia ainda uma pequena exposição de animais, entre os quais algumas ovelhas bordaleiras da Serra da Estrela, de cujo leite se faz o famoso queijo da Serra. São giras, não são??.
E para não faltar animação, lá estava o Grupo de Bombos do Ferro!!!

domingo, 1 de maio de 2011

A “Via da Estrela” – Cáceres, Idanha-a-Velha, Penamacor, Caria, Belmonte……… Braga

 "Todos os caminhos vão dar a Roma" - Parte II


A “Via da Estrela”, como é agora conhecida, é constituída por 5 etapas:

1. CÁCERES-ALCÁNTARA inicia-se no caminho de Malpartida e segue paralela à actual estrada que se dirige a Arroyo de la Luz, segue depois em direcção a Brozas, onde existe um antigo Hospital de Peregrinos, e dirige-se até Villa del Rey, continua pelo Caminho Velho de Alcântara, passando junto ao castro romano de Los Castillejos.

2. ALCÁNTARA-IDANHA-A-VELHA em Alcântara pode observar-se a monumental ponte romana e o Convento de San Benito. É atravessando esta ponte, construída no séc. I d.C, que se chega à localidade de Estorninos, onde é possível encontrar uma igreja dedicada a Santiago. O caminho segue até à ponte romana de Segura e aí atravessa-se a fronteira Espanha-Portugal. A via continua pelo vale da Ribeira da Calçada até à localidade de Alcafoces. Dirigindo-se a norte, para a ponte romana e medieval sobre o rio Ponsul. Chega-se assim a Idanha-a-Velha.

3. IDANHA A VELHA - BELMONTE a via segue a direcção oeste, para o cemitério de Idanha- a Velha e atravessa a Ribeira de Moinhos, chegando à localidade de Medelim. Existe um caminho alternativo que se dirige a Penamacor, onde se encontra uma antiga igreja de Santiago.
De Medellim a via segue para a Bemposta e continua para as aldeias de Pedrogão, Mata Rainha e Quintas da Torre, onde se podem observar a “Torre dos Namorados” (vestígio romano), e finalmente chega à Capinha, onde ainda se pode observar calçada romana junto a à capela de São Marcos e a ponte romano-medieval sobre a Ribeira de Meimoa.
Da Capinha segue em direcção a Caria, onde ainda se podem observar alguns vestígios da calçada romana. Atravessa a Ribeira de Caria por uma antiga ponte medieval com fundações romanas, e passando por Malpique contorna a oriente a vila de Belmonte, chegando assim às impressionantes ruínas de “Centum Cellas”.
No castelo de Belmonte poderá observar alguns marcos miliários que pertenciam à via. Em Belmonte poderá também visitar a Igreja de Santiago.

quarta-feira, 23 de março de 2011

A “Via da Estrela” – Cáceres, Idanha-a-Velha, Penamacor, Caria, Belmonte……… Braga

“Todos os caminhos vão dar a Roma”- Parte I



As denominadas Calçadas Romanas, eram vias de comunicação que faziam parte do Império Romano e tinham enorme importância. Embora algumas tenham sido conservadas como património, muitas foram destruídas tendo as suas pedras sido utilizadas para construções e muitas outras foram tapadas com calçadas de granito, com asfalto ou simplesmente com terra.
Estas estradas eram construídas com grandes pedras (lages), colocadas sobre diversas camadas de materiais e as bermas eram bem delineadas. Esta técnica de construção permitia uma boa estabilidade e assim foram construídas vias que já são utilizadas há mais de 2000 anos.
As vias ligavam Roma ao seu império em expansão e chegaram a atingir cerca de 150.000 Km.
A primeira via, a denominada “Via Ápia”, foi criada em 312 a.C., por Ápio Cláudio Cego, para unir Roma e a cidade de Cápua denominada Via Ápia. Inicialmente, nem todas as vias estavam pavimentadas, algumas estavam apenas cobertas de lage no interior das povoações.
Tendo sido inicialmente criadas para uma mais fácil deslocação das tropas, foram depois utilizadas pelos comerciantes romanos que viram nestas uma oportunidade para negociarem os seus produtos.
As estradas mais importantes ganhavam o nome do cônsul responsável pela sua construção (caso da Via Ápia), as estradas locais o nome da localidade para onde se dirigiam (caso da Portuense) e as estradas construídas com fins específicos eram denominadas de acordo com a sua utilização (caso da Salária, utilizada para o transporte de sal).
Ao longo destas estradas eram colocados os chamados “miliários”, estes eram marcos em pedra (pesavam cerca de 2 toneladas), que estavam distanciados de cerca de 1480 metros. Na base do miliário estava inscrito o número da milha e assim se poderia saber a distância ao Fórum Romano.

sábado, 22 de janeiro de 2011

O Linho e a Cooperativa Belofícios



Há muito tempo que havia uma janela do Passado de Pedra a precisar de “protecção”. Foram pensadas várias soluções, umas mais modernas como a aplicação de um “blackout” em rolo, outras mais clássicas como um simples cortinado. Mas estas soluções não resultavam, porque inicialmente as janelas não tinham portadas (modernices…) e estas soluções por não ficarem encostadas à parede não impediam totalmente a entrada de luz.
Assim, em primeiro lugar foram colocadas portadas, mas surgiram novos problemas, agora não era possível utilizar as soluções anteriores porque as portadas, quando abertas, saíam para fora do vão da janela….

Dirão, caramba, tanta coisa por causa de uma janela!!!!.

Bem, mas a solução lá chegou, um simples pano de linho, bordado com um simples ajour, mais tradicional não poderia ser.
A “cortina” foi executada à medida, pela Cooperativa Belofícios. Esta cooperativa trabalha principalmente dois materiais muito tradicionais: o burel de que já falámos, e o linho, do qual falaremos daqui a pouco…

A Cooperativa Belofícios tem uma loja aberta, em Belmonte, onde se podem comprar lembranças executadas com estes materiais, mantas em lã, presépios em barro e muitas outras peças de artesanato.