terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Licor de Vinho Santa Bebiana


O Passado de Pedra decidiu criar uma nova marca!

A marca Santa Bebiana pretende homenagear uma das tradições mais antigas de Caria, a festa de Santa Bebiana, celebrada a 2 de Dezembro, hoje!!!
É uma festa muito particular, pois celebra a devoção por Santa Bebiana, a padroeira das mulheres bêbadas, tratando-se de um testemunho etnográfico das festas báquicas pagãs.
Durante a procissão Santa Bebiana encontra S. Martinho, o padroeiro dos homens bêbados, e os santos cujo aspecto nada tem de religioso, são transportados em andores e acompanhados por um “padre” que proclama “orações” irónicas como o “Pai-Nosso do Vinho – Santa uva que estais na parreira, purificada sejais sem enxofre e sem sulfato. Venha a nós o vosso líquido para ser bebido à nossa vontade tanto na taverna como na nossa casa, livrai-nos de quebrar a cabeça. Ámen!”.
Nos anos 80, os santos eram feitos de palha e queimados no final da procissão, tradição essa que este ano foi lembrada. É por essa razão que a Santa Bebiana e o São Martinho representados na marca "são de palha".
E qual o melhor produto para começar a louvar a Nossa Santa?? Um Licor de Vinho, é claro!
Viva a Santa!





quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Doce de Mogango


        

         
Muitas vezes, tenho enviado a pedido de clientes  a receita deste doce que me foi ensinado por uma vizinha e que é servido ao pequeno-almoço no Passado de Pedra.
 
 Publicamos agora a receita:         
750 gr de  Mogango ou Abóbora Manteiga
700 gr Açúcar
1 Pau de Canela
 
Tirar a casca à abóbora, partir em cubos pequenos e escaldar com água fervida. Deixar a abóbora na água até a água ficar fria. Escorrer a água e colocar num tacho.
Seguidamente deitar o açúcar por cima e deixar o açúcar derreter (por aqui, diz-se derregar), se necessário deitar um pouco de água por cima. Adicionar o pau de canela.
 
Colocar em lume baixo e deixar cozer. Depois de cozida a abóbora, deitar um pouco num prato e verificar o “ponto estrada”. Não se aflija, se não conhece o significado, basta deitar um pouco da calda do doce num prato, e depois ao passar com uma colher de pau verificar se se forma como que uma estrada. 
Após colocar o doce no frasco, colocar a tampa e virar com a tampa para baixo. Deixar assim até arrefecer.
Os frascos devem ser  previamente esterilizados em água a ferver, e depois deixados a secar com a “boca” para baixo.
 


 

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Eime no Passado de Pedra


Conheci o Eime através do Wool, Covilhã Urban Art Festival, e a partir dai ficou a vontade de um dia ter o seu trabalho no Passado de Pedra.
A ideia inicial era um trabalho no exterior, mas esse teve de ficar para a Primavera…
Para que não ficasse triste… o Eime propôs fazer dois trabalhos, um para o exterior e um para o interior.Perguntou-me o que pretendia, e eu respondi que tinha uma grande admiração por “caras enrugadas”. É estranho, bem sei…, mas não resisto a uma “cara enrugada”!

Aqui ficam as fotografias do trabalho, falta escolher o local onde vai ficar!

Na vida real, Eime, chama-se Daniel, nasceu nas Caldas da Rainha onde começou por fazer os primeiros graffiti. Depois partiu para Lisboa, onde evoluiu para a arte urbana e actualmente vive no Porto, tendo decidido dedicar-se à pintura com stencils em grande formato. Utiliza as sombras e diferentes tonalidades para construir os seus retratos, dando-lhes uma expressividade impressionante.
Com a Wool aprendi a gostar da chamada “Arte Urbana” e partilho da sua opinião, que seguidamente transcrevo:
“A Arte Urbana é para todos, e não é o vândalo bicho-de-sete-cabeças que muitas vezes se pinta, podendo mesmo ter um papel importante na regeneração das cidades e também na vida pessoal de muitos. Não basta, no entanto, expor estruturadamente estas noções para que as mentalidades comecem a mudar, porque muitas vezes o preconceito ultrapassa a secura da lógica.”
Agora aguardo com ansiedade a Primavera, para ver concretizado o trabalho no pátio do Passado de Pedra.

domingo, 3 de novembro de 2013

Arroz de Carqueja



A Carqueja (Pterospartum tridentatum, Geniesta tridentata) é uma planta que cresce de forma espontânea em Portugal, sendo possível encontrá-la na Serra da Estrela.
O Arroz de Carqueja, confeccionado com uma infusão que resulta da fervura da carqueja, é um prato bastante antigo que faz parte da gastronomia da Serra da Estrela.
A receita que aqui apresentamos foi provada em casa de uma vizinha, aqui em Caria.


Deverá ter em conta a quantidade de arroz que pretende fazer e colocar a ferver o dobro da quantidade de água (exemplo: para uma caneca de arroz, serão duas canecas de água). Depois da água estar a ferver, coloque alguns raminhos de carqueja, deixe ferver um pouco e depois apague o lume. Após cerca de uma hora, retire os raminhos de carqueja, se necessário passe a infusão por um passador. 
Compre carne entremeada e algumas horas antes, ou de véspera, deverá cortar a carne em pedacinhos e colocar em vinha d´alhos. Poderá enriquecer o prato juntando também pedaços de entrecosto.
Frite a carne num tacho com azeite e depois de frita retire do tacho, deixando ficar a gordura da fritura.
No tacho com a gordura, frite o arroz agulha e depois adicione a água da infusão de carqueja, e seguidamente a carne. Deixe cozer o arroz, depois de cozido coloque num tabuleiro e leve ao forno para alourar por cima. Quando estiver pronto, coloque raminhos de carqueja em cima do arroz.

   

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Turismo no Espaço Rural

Para finalizar o tema dos Empreendimentos Turísticos, queríamos ainda dar a conhecer os serviços mínimos, o que o cliente pode e deve esperar do Turismo no Espaço Rural, uma vez que é nesta categoria que se inclui o Passado de Pedra:
  • Serviço diário de pequeno-almoço (incluído no preço)

  • Arrumação e limpeza diária de quartos
  • As roupas de cama e as toalhas de casa de banho devem ser substituídas: 
    • Pelo menos duas vezes por semana;
    • Sempre que o hóspede o solicite;
    • Sempre que haja mudança de hóspede.
 Disponibilizar refeições, com marcação prévia, sempre que não exista restaurante a menos de 5 km (excepção das casas de campo, quando o proprietário não resida na casa). 
No caso do Passado de Pedra, não temos serviço de restaurante, uma vez que existem restaurantes em Caria. No entanto, quando se trate de um grupo e mediante acordo prévio, é possível servir refeições.
Os serviços obrigatórios acima mencionados também se aplicam ao Turismo de Habitação.
Esperamos com estes esclarecimentos acerca dos Empreendimentos Turísticos e em especial acerca do Turismo no Espaço Rural, ajudar o cliente a fazer uma boa escolha!
 E como de costume, não queremos deixar de dizer que o Passado de Pedra está licenciado com o Alvará nº40/2007 e inscrito no Registo Nacional de Turismo com o nº 494, estando classificado como Turismo no Espaço Rural, tipologia Casas de Campo.

Fotos H1 Arts   https://www.facebook.com/pages/H1-Arts
 

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Orelhas de Haman

A comida tem uma importância fundamental em todas as festas e celebrações judaicas. Sendo que muito do que é colocado na mesa tem significado especial.
Uma destas celebrações é o Purim, festa celebrada anualmente no dia 14 do mês judaico de Adar. É considerado um dia de alegria, e embora inclua jejum e oração, segue-se depois um banquete e recitam-se cânticos. Neste dia, é frequente usarem-se máscaras e realizarem-se teatros satirizando pessoas e instituições.

Tradicionalmente, existe um doce típico da celebração do Purim, um biscoito de forma triangular, recheado de doce de frutas, de uvas, de sementes de papoila. Estes que hoje aqui apresentamos, com recheio de doce de frutas, foram confeccionados por membros da comunidade judaica de Belmonte e proprietários da loja Mazel Tov (Boa sorte), em Belmonte.

Na comunidade judaica de Belmonte são conhecidos por “Orelhas de Amán” (Oznei Haman), o cruel malfeitor da história do Purim.

Haman, segundo o antigo testamento, foi um malvado ministro da Pérsia, que tinha o plano de dizimar o povo Judeu, que vivia nessa região. Mas graças à Rainha Ester, uma jovem judia deportada, que casou com Assuero (também conhecido como Xerxes), o Rei da Pérsia, o plano de Haman fracassou e o povo judeu foi salvo de ser aniquilado.

A origem do nome vem do antigo costume de cortar a orelha de quem ia ser enforcado, e como esse foi o destino de Haman, apelidou-se o doce por esse nome.

São dadas várias explicações para o formato triangular do biscoito. Para alguns representa o chapéu de três pontas de Haman e para outros a força da rainha Ester e dos três fundadores do judaísmo: Abraão, Isaac e Jacob.

Durante a cerimónia do Purim é lido o Livro de Ester, que relata a história e sempre que é pronunciado o nome de Amán, fazem-se rodar as matracas, para que o som produzido, não permita que o seu nome seja ouvido, e para afastar o mal.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Encontro Os Enigmas da Herança Judaica




A Câmara Municipal de Belmonte em parceria com Departamento Cultural da União Desportiva Cariense, organiza o Encontro OS ENIGMAS DA HERANÇA JUDAICA, na Casa da Torre, em Caria, a 15 e 16 de Março de 2013. 
O Encontro pretende dar a conhecer e caracterizar o património judaico ainda existente em Portugal, no sentido de que este seja reconhecido e preservado.
Pretende-se também, uma reflexão e partilha de conhecimentos em relação ao significado e à classificação do património. 
São oradores, deste Encontro, algumas das personalidades que mais se têm destacado no estudo da história do cripto-judaísmo e dos vestígios da presença judaica em Portugal. 
A história do cripto-judaísmo só recentemente começou a ser divulgada e em relação ao património material, interpretado como de origem judaica, existe ainda algum desconhecimento por parte dos responsáveis com intervenção em obras de reconstrução e preservação de património. Por outro lado, também é necessário dar a conhecer este património ao público em geral, para que o reconheçam, preservem e valorizem quando este esteja presente nas suas casas. Surgiu assim a ideia de realizar este Encontro.
H
á, com certeza ainda muito património por descobrir!

Estarão ainda presentes os responsáveis de entidades ligadas ao turismo, no sentido de transmitir o valor turístico da herança judaica, nomeadamente a ARPT Centro de Portugal, a Associação das Aldeias Históricas de Portugal e a Rede de Judiarias de Portugal.

Programa: