terça-feira, 30 de novembro de 2010

Festa de Santa Bebiana - 2 de Dezembro


Celebra-se no dia 2 de Dezembro, à noite, sendo uma tradição muito antiga. Esta é uma festa muito particular, pois celebra a devoção por Santa Bebiana, que embora celebrada no calendário romano como mártir, é aqui celebrada como a padroeira dos bêbados.
A procissão saía à rua a partir de dois locais distintos: das Inguías saía São Martinho, celebrado também a 11 de Novembro, transportado pelas mulheres e, de Caria a Santa Bebiana, transportada pelos homens. Assim, são ambos os santos considerados protectores dos bêbados.
Hoje em dia, as procissões partem as duas de Caria, mas  continuam a ser acompanhadas pelos mordomos da festa, e por um prior, que faz sermões irónicos, e ainda pelos convivas (irmãos) e grupos de bombos. Os andores transportam os santos, cujo aspecto hoje em dia nada tem de religioso, e que nunca o tiveram, pois antigamente eram bonecos de palha.
A festa dura até de madrugada, bebendo-se vinho, muita cerveja e comendo-se sardinhas e carne grelhada.

Passado de Pedra em 3D

Agora estamos no Google Earth em 3D.
Basta ir a http://maps.google.com/, alterar para Earth e na função pesquisar colocar a morada: Rua Prof. Gracinda Galiano ou então seguir este link: http://maps.google.com/maps?source=s_q&hl=pt-PT&geocode=&q=rua+prof+gracinda+galiano&sll=37.062498,-95.677068&sspn=29.772081,78.662109&ie=UTF8&hq=rua+prof+gracinda+galiano&radius=15000.000000&split=1&oi=geosplit&ei=e0P1TJXPFNyK_AbNwPH2Dw&hnear=&ll=40.296193,-7.363845&spn=0.000822,0.002401&t=f&z=19&ecpose=40.29590891,-7.36384509,479.33,0,47.116,0

Para que o Passado de Pedra possa ser visualizado sob todos os pontos de vista e para que o possa ver como é na realidade!!!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Linhos

Foto de António Rosendo

Foto de António Rosendo

Fomos contactados pela empresa que construiu o nosso site, a Assec, para nos solicitar se um seu cliente poderia utilizar o Passado de Pedra como cenário para uma sessão fotográfica.

Sabendo que “os modelos” seriam peças de linho aceitámos o desafio, uma vez que nada poderia combinar melhor com a madeira e a pedra do que esse nobre material!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Beatriz Sendim

A artesã define o projecto como sendo de produções artesanais baseadas nos têxteis e na valorização dos mesmos. Existe ainda a intenção de utilizar os têxteis para produção de objectos lúdicos.
Uma das colecções, deste projecto, denomina-se “Laços e Abraços” e nesta utiliza tecidos e outros materiais produzindo personagens fantasiosas que estão ligadas entre si por imanes, colchetes, velcro, fitas, etc. A ideia é, segundo Beatriz Sendim, “este mundo de laços e abraços, emerge de um imaginário sensorial, onde o amor e a atracção dão um real sentido à vida”. Mas também poderá encontrar outras peças nomeadamente Presépios e Santos.
Passado de Pedra gostou muito da criatividade, dos materiais utilizados e da expressão que é dada a todos os objectos.
O Passado de Pedra não resistiu à compra de uma pequena ovelha, que fazia parte de um presépio, e que se veio juntar à colecção!!!!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Burel



Para fazer burel, a lã, depois de preparada para ser utilizada no tear, é tecida e por fim vai para o pisão. Esta máquina bate e escalda a lã de modo a tornar o pano mais duro e apertado.
O tratamento dado à lã permite obter um tecido muito duradouro e impermeável. O burel era entregue aos alfaiates que o transformavam em capas, casacos, coletes e calças para serem usados nos dias agrestes de vento, chuva e neve. O burel usado por estes artesãos é produzido em Manteigas, e a lã, de que é feito, das ovelhas que pastam por esta região.
Este tecido quente e resistente foi deixando de ser utilizado e provavelmente desapareceria se a sua utilização não fosse agora reinventada. Este material tradicional está hoje em dia, graças a alguns artesãos, a ser usado para fazer vários objectos, nomeadamente carteiras e pregadeiras, mas também algumas peças de decoração contemporânea.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Passado de Pedra na Evasões

Passado de Pedra nos Passatempos da Evasões, uma iniciativa da Unique Stays!

Uma coisa boa pode não vir só... e assim, para além de duas noites no Passado de Pedra, junto à Aldeia Histórica de Belmonte, poderá ainda desfrutar de duas noites na Casa da Cisterna, em Castelo Rodrigo, também ela uma das doze Aldeias Históricas.
Terá também direito a algumas simpáticas ofertas!!!!
Ligue e tente a sua sorte!!!! Verá que foi muito bom concorrer!!!.

Passado de Pedra no Sol


Este mês saiu a reportagem da visita que o Sol nos fez!!!
Nas fotografias podem ver a ovelha Estrela, no porta-chaves de Coisas de Fazer; o Pedro Álvares Cabral, do Atelier Viana Cabral, adquirido à Casa da Lagariça,  em Castelo Novo; as mantas das ovelhas, adquiridas a Têxteis Evaristo Sampaio, Lda., na Guarda e a colecção de mais de 50 canecas adquiridas em todo o mundo, por mim e por muitos e bons amigos!!!!

domingo, 29 de agosto de 2010

Marcas Mágico-Religiosas




No dia 30 de Maio, deste ano, realizaram-se em Castelo Branco duas actividades cujo objectivo era dar a conhecer a história da comunidade judaica de Castelo Branco e da Beira Interior. A primeira actividade decorreu da parte da manhã e consistiu num passeio pela antiga judiaria da cidade, acompanhados pelo Arq. José Afonso, investigador com um elevado conhecimento da cultura judaica e nomeadamente das características da sua arquitectura. Na parte da tarde, no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco, o investigador deu uma palestra com o título “Judeus, Cripto-Judeus e Cristão-Novos: a casa doméstica na Beira Interior quinhentista”.
Se o passeio pela judiaria permitiu muitos exemplos práticos das características da arquitectura judaica e a visualização de diversas marcas Mágico-Religiosas, a palestra permitiu consolidar os conhecimentos.
A mim “abriu-me os olhos” para uma simbologia que quase ignorava, isto é, passei a olhar para as pedras com outros olhos e assim comecei a descobrir diversas marcas em Caria.

domingo, 22 de agosto de 2010

Feira Medieval e do Artesão de Belmonte




Entre 13 e 15 de Agosto, decorreu a VII edição da feira medieval de Belmonte, com cerca de 30000 visitantes, muita animação e alegria.
Para completar a festa, a animação de rua não faltou e houve ainda três espetáculos, relembrando o passado longínquo. Assim, foram encenados o "Auto da Cova", o "Casamento de Pedro Álvares Cabral" e o "Assalto ao Castelo".
Relativamente a "comes e bebes" tivemos o porco inteiro e a perna de vitela no espeto, o leitão, as bifanas na panela de ferro e claro a sangria, a Ginginha e a "champanhada" da Cooperativa Belofícios já famosa pela suas bebidas originais. Não podemos também esquecer o tradicional Caldo Verde. Doces tradicionais como as Papas de Carolo e o Arroz Doce, também não faltaram.

Para quem não esteve presente, a indicação de que para o "ano há mais" e de que esta feira espera por si!!!!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Oficina - Objectos Design



Na Oficina os artesãos dedicam-se a executar objectos em madeira, nomeadamente animais como a ovelha, o pato, a vaca e o pica-pau.
A simplicidade destes pequenos animais e a criatividade com que foram construídos traduzem uma grande originalidade.
Têm como matéria-prima base a madeira e utilizam a sua tonalidade e as diversas texturas da casca para criar objectos únicos.
No Passado de Pedra já temos um pequeno rebanho, com mãe e duas filhas, e como podem ver esta família é bem fotogénica!
Contactos:
Telf: 966164258
e-mail: oficinaobjectos@gmail.com

domingo, 18 de julho de 2010

Hotel das Águas de Radium ou Hotel da Pena



Há muitos anos, quando visitei Sortelha pela primeira vez, intrigou-me um misterioso edifício abandonado, que fica no caminho de Caria para Sortelha, quase, quase a chegar a Sortelha, na chamada Serra da Pena.
Com o passar do tempo fui descobrindo a origem deste “castelo”, uma imponente construção em granito, que terá tido nos seus tempos áureos 90 quartos.
Conta uma lenda, ou será a realidade, que D. Rodrigo, um conde espanhol terá trazido a sua filha, que padecia de doença grave, para tratamento nas termas. Ao que consta as águas tiveram o devido efeito e a donzela curou-se. Assim, terá o conde mandado erigir o hotel termal como reconhecimento da cura. A história é relativamente recente, remonta ao início do séc. XX.
Bem, mas do conde espanhol e da sua filha não há relatos escritos. As evidências para as quais existem documentos dizem-nos que só em 1920, as águas foram reconhecidas como tendo propriedades radioactivas.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Luis Pinheiro


Luís Pinheiro trabalhou como comercial, mas agora a sua profissão a tempo inteiro é a de artesão.
A sua matéria-prima são elementos da natureza, nomeadamente a pedra, a madeira e o ferro, aos quais adiciona a sua enorme sua criatividade.
A grande maioria das suas obras representa de forma estilizada animais, flores e árvores.
Os seus trabalhos são vendidos em algumas lojas de artesanato, das quais destacamos (pela proximidade ao Passado de Pedra): Casa da Lagariça, em Castelo Novo e a Casa do Castelo, no Sabugal.
No Passado de Pedra não resistimos, e agora temos uma nova habitante no pátio!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Mascote do descobridor





Em 2009, talvez impulsionados pela abertura do Museu dos Descobrimentos, decidimos criar uma mascote que representasse o nosso ilustre descobridor, Pedro Álvares Cabral.
Como por cá o jeito para o desenho não abunda e porque acreditamos que há bons profissionais para por em pratica as ideias que temos, começamos a procurar aqui pela região…. e com ajuda da Casa da Lagariça, encontrámos a Lanzuda.
A marca Lanzuda, desenvolveu então a mascote que pretendíamos aplicar em t-shirts para vender no Passado de Pedra e quem sabe no Museu dos Descobrimentos.

Hoje em dia já estão à venda, no museu, as t-shirts e não só….

Pois é, depois pensámos e porque não aplicar a mascote em crachás para colocar nos casacos e nas mochilas dos mais novos e também em ímanes para colocar nos frigoríficos e recordar as boas férias passadas na Beira ou simplesmente aquele dia de passeio com os amigos ou com a escola. Assim, nasceram mais duas pequenas recordações!!!.
Agradecemos à Empresa Municipal de Belmonte, que apoiou a iniciativa e permitiu a venda destes produtos no Museu dos Descobrimentos.
Não resistimos ainda a explicar o porquê da marca Lanzuda, é que este era o nome pelo qual os habitantes da Covilhã eram conhecidos, quando esta cidade era considerada o maior centro têxtil do país. Assim, os sócios desta empresa que se dizem “lanzudos” e “covilhanenses de nascimento ou de adopção” decidiram ser/fazer a Lanzuda.
Agora, estamos a pensar nas borrachas para levar para a escola no próximo ano…..

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A nossa pequena loja





No Passado de Pedra, na nossa pequena loja, poderá adquirir alguns objectos de artesanato e também alguns produtos regionais.
Relativamente ao artesanato, escolhemos artesanato tradicional, mas também peças de artesanato mais contemporâneo e, apesar do espaço não ser muito, temos ao seu dispor objectos de vários autores, nomeadamente: Coisas de Fazer, Pezinhos de Lã, Cooperativa Belofícios, Ana Almeida.
Os produtos regionais, são da marca Penhas Douradas Food, que de uma forma inovadora utiliza as matérias-primas da região e transforma-as em deliciosos produtos.

Para oferecer ou simplesmente para recordar a região e os seus sabores!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Sardinhas Doces de Trancoso


Desengane-se quem pensou que estávamos a falar do tradicional peixe, sempre presente nos Santos Populares que se festejam nesta época!.

Estas sardinhas não são assadas e não têm escamas nem espinhas, possuem recheio de ovos e amêndoa e são uma especialidade deixada pelas irmãs do convento de Santa Clara.

São um doce tradicional de Trancoso, sendo a massa recheada com gemas de ovos, amêndoa e canela e depois a Sardinha é frita e mergulhada numa calda com chocolate.

A sua confecção permanece artesanal, o que obriga a muito trabalho e elevado cuidado na fritura.

Diz-se que, por Trancoso se situar no Interior, esta seria a única forma de ter Sardinhas. Assim, este doce tradicional apresenta uma forma semelhante à do peixe.

Se tiver oportunidade prove este tradicional doce conventual. Bem, mas para isso terá de visitar a Aldeia Histórica de Trancoso (a 82 Km, a 1h do Passado de Pedra).

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Lançamento do livro “Aldeias Históricas de Portugal-Guia Turístico”


O dia 10 de Junho, dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas foi o dia escolhido pela empresa Olho de Turista para o lançamento do livro “Aldeias Históricas de Portugal - Guia Turístico”. Haveria melhor dia????

Este era também dia do nascimento do blog Aldeia da Minha Vida, que se tem dedicado à divulgação das aldeias de Portugal e de cada um dos bloggers participantes.

A “mãe” deste blog, a Dr.ª Susana Falhas, é também a “mãe” deste guia que nos vai ajudar a passear e a desvendar os segredos escondidos nas Aldeias Históricas de Portugal.

Assim, os presentes tiveram duas comemorações, de manhã o “Encontro de Bloggers”, onde alguns dos bloggers, participantes assíduos no “Aldeia da Minha Vida”, apresentaram e divulgaram as suas aldeias de eleição.

Durante esta sessão alguns dos bloggers seniores deram dicas aos mais “novatos” nesta “vida de blogagem” (o Passado de Pedra agradece!!).

Mas nada faltou ou ficou ao acaso neste encontro e por isso, de manhã, ainda houve tempo para uma prova de produtos regionais: sardinhas doces de Trancoso, queijos e doces variados; com o patrocínio da loja Avenida Regional, na Praça D. Dinis, nº1, em Trancoso. Tudo delicioso!

Seguiu-se depois o almoço, e para fazer inveja aos que não estiveram presentes: um completo e saboroso “Cozido à moda de Trancoso”.

A parte da manhã também serviu para que os bloggers, que na sua maioria só de conheciam no mundo virtual, se conhecessem pessoalmente. Foi uma experiência engraçada!

Já da parte da tarde aconteceu a tão esperada apresentação do livro “Aldeias Históricas de Portugal - Guia Turístico”, na presença do autarca de Trancoso, Dr. Júlio Sarmento, e dos sócios da empresa Olho de Turista: Dr.ª Susana Falhas e Sr. Serafim Faro e de uma sala com muitos “curiosos”.

O livro apresenta as 12 Aldeias Históricas de Portugal: as que foram classificadas em 1994: Almeida, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Piódão e Sortelha e as que receberam a classificação em 2003: Belmonte e Trancoso.
Aqui pode encontrar informações úteis, nomeadamente a localização, como chegar até à aldeia, quais os locais de interesse a visitar, as facilidades existentes no local e a existência de actividades que poderá praticar, bem como os locais de interesse a nível da natureza. Seguidamente encontra-se a história da aldeia e uma indicação de percursos a fazer. Mas para que não falte nada ao visitante pode ainda encontrar dicas de alojamento e restauração e quais as tradições e festividades para que se possa divertir e “beber” um pouco do espírito da região. Ah, e para que leve algo consigo e para os seus que sirva para mais tarde recordar, estão também presentes os locais onde poderá adquirir produtos típicos da região.

Ainda da parte da tarde houve direito a uma outra degustação de produtos regionais e a um passeio por Trancoso, mas disto já o Passado de Pedra não vos pode falar, porque os clientes estavam a chegar a Caria!

Poderá adquirir o Guia na loja online, no site Olho de Turista (brevemente disponível), e também nas lojas Intermarché.

No futuro próximo também vai poder adquirir o guia no Passado de Pedra, mas por agora apenas está disponível para que o possa consultar!!!

Parabéns à Dr.ª Susana por todo o empenho e pela coragem demonstrados na edição deste livro, contra ventos e tempestades.
Foto: Olho de Turista

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Pastel de molho




Dizem a memória e a tradição que, nos anos 20, os empregados fabris substituíam a sopa por estes pastéis, uma vez que estes aguentavam durante várias semanas, o que não sucede com a sopa que tem apenas uma duração de dias.

Este pastel seco é feito utilizando massa folhada, cortada em tiras estreitas, que se enrolam formando uma espiral e são recheados com carne de vaca guisada (com cebola, louro e sal). Nota-se que em relação ao tamanho do pastel a quantidade de carne é reduzida, o que concerteza traduzia as fracas posses dos trabalhadores da época.
O pastel de molho prepara-se da seguinte forma: põe-se água a ferver com sal, vinagre, açafrão e um ramo de salsa; coloca-se o Pastel num prato, deitando a calda por cima, tapa-se com outro prato e aguarda-se um pouco para "abrir", o que torna a massa mais macia.
Para além de poder ser servido com molho de açafrão ou chá preto, pode ainda ser comido apenas como pastel.

Para provar o Pastel de molho terá que se deslocar à cidade da Covilhã, uma vez que só aqui é confeccionado. No entanto, o melhor será levar o pastel para casa e confeccionar o molho de açafrão e assim experimentar o sabor da tradição!!!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Passado de Pedra na Unique Stays Life at Ease

Este é o ano em que o Passado de Pedra está a fazer um grande esforço de divulgação.
Agora estamos na Unique Stays Live at Ease! Vejam a apresentação.

http://issuu.com/unique.stays/docs/passadodepedra_uniquestays

sábado, 29 de maio de 2010

Cereja da Cova da Beira o “Ouro vermelho”




Este ano, embora um pouco atrasada a cereja já chegou e com ela o problema de todos os anos, é que uma nunca nos chega!!!

É nos meses de Maio, Junho e Julho que as cerejas, ex-libris do Fundão, são colhidas.
Existem cerca de dois mil hectares de pomares de cerejeira, na Cova da Beira, e é esperada para este ano uma produção de quatro mil toneladas.

Esta região possui as condições climáticas necessárias à obtenção de um fruto de qualidade, nomeadamente um elevado número de horas de frio, protecção elevada dos ventos, temperaturas amenas na Primavera e um elevado número de horas de insolação.

Nos últimos anos, a cereja tornou-se imagem de marca desta região que merece uma visita tanto na altura da floração das cerejeiras, como agora na época da colheita do fruto.
E não se esqueça de levar uma caixa para casa!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cherovia


Neste que é o ano da biodiversidade, o Passado de Pedra quer ajudar a divulgar e promover a cherovia.

Chero quê?? poderão perguntar….

A cherovia, cujo nome científico é Pastinaca sativa, é também conhecida por chirívia, cherivia, cheruvia ou pastinaga e é uma planta pertencente à família das Apiaceae, plantas Angiospérmicas (plantas com flor). A esta família pertencem ainda a cenoura, a salsa, o aipo, os coentros e o funcho.
O sabor da cherovia é intenso e adocicado e é descrito segundo os paladares como uma mistura entre a cenoura e o nabo ou a salsa e a cenoura. A cherovia tem o formato da cenoura e a cor do nabo.

O cultivo da cherovia remota aos tempos da Eurásia, antes do uso da batata, sendo que esta ocupava o seu lugar. Com introdução da batata na Europa, pelos espanhóis, no séc. XVI, a cherovia perdeu progressivamente “espaço” na nossa alimentação.

Em termos nutritivos a cherovia acaba por ser mais rica em vitaminas e sais minerais do que a cenoura, sendo que se destaca essencialmente pela quantidade de potássio, fósforo, vitamina A, vitamina B e ainda algum valor calórico.

Tradicionalmente a cherovia, em Portugal, é cultivada na zona da Serra da Estrela, sendo pouco conhecida, excepto pelas pessoas da região do Fundão, da Covilhã, de Belmonte, sendo contudo possível o seu cultivo noutras zonas do país. Esta planta no entanto não cresce em climas quentes e necessita da geada para desenvolver o seu sabor. Pelo tipo de raiz que é, a cherovia prefere terrenos arenosos e/ou limosos, os terrenos argilosos ou pedregosos dificultam o seu crescimento, provocando deformações e raízes de pequeno tamanho.

A forma mais habitual de as comer é fritas depois de passadas por polme. Comece por descascá-las e corte-as em fatias finas, no sentido longitudinal. Coza-as em água com sal, evitando que cozam demasiado para não ficarem moles. Escorra-as e passe-as por polme e frite-as como se fossem peixinhos da horta. Outra forma típica de as comer é cozidas, com azeite e sumo de limão.
Para que este legume não desapareça e no sentido de o dar a conhecer surgiu na Covilhã a Confraria da Cherovia e também o Festival da Cherovia (iniciativa da Banda da Covilhã), onde se pode comprar a cherovia e também provar diferentes receitas.

sábado, 22 de maio de 2010

Pedro Álvares Cabral


Para o Passado de Pedra, devido à sua localização na proximidade de Belmonte, terra que viu nascer Pedro Álvares Cabral, o Atelier Viana Cabral moldou a sua interpretação do grande descobridor!!!

Gosto principalmente do ar altivo, do mundo na mão e da caravela!!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A Serra da Estrela é muito mais do que neve!!




O Passado de Pedra não se cansa de repetir esta frase!!

Na realidade, a Serra é muito mais do que isso, são lagoas lindissimas, são vales glaciares a perder de vista, são populações, costumes e tradições.
Assim, o Passado de Pedra decidiu ajudar a divulgar "o outro lado" da Serra e em parceria com a empresa Adriventura foram criadas 3 actividades: dois passeios pedestres e uma actividade de escalada.
Quando pensar em vir visitar o Passado de Pedra, não perca também esta oportunidade de respirar ar puro e conhecer a Serra!!

No nosso site em "Actividades" poderá conhecer melhor estas actividades, nomeadamente: trajecto, duração e condições de participação.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Atelier Viana Cabral







A imaginária amada de Dom Quixote serviu de inspiração às peças de pasta de papel do Atelier Viana Cabral, em Ponte de Lima.

Assim, nasceram as Dulcineias no ano de 2005, pois neste ano celebravam-se os 400 anos da 1ª edição do livro de Cervantes. Mais tarde para que as Dulcineias não se sentissem sós, surgiram os seus “Quixotes”.

Os responsáveis do Atelier, Ricardo Cabral e Viviane, são licenciados em Design de Produto, pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo.

As Dulcineias, com cerca de 40 cm, são executadas em pasta de papel, material frequente nos objectos do atelier. A utilização deste material foi, segundo Ricardo Cabral, inspirada nos cabeçudos das romarias minhotas.

A ornamentação das bonecas, inicialmente, pretendia ser uma recuperação dos tradicionais trajes da região e dos seus característicos lenços de namorados, como aliás se pode verificar na Dulcineia do Passado de Pedra.

No entanto, hoje em dia, poderá encontrar Dulcineias decoradas com cerejas do Fundão ou com o característico bordado de Castelo Branco, a imaginação não tem limites!!

Para além da representação contemporânea de Dom Quixote e da sua irreal Dulcineia, decidiram moldar também alguns dos grandes poetas e escritores do universo literário português, nomeadamente: Luís de Camões, Fernando Pessoa, Almeida Garrett e Eça de Queirós.

Cada peça é única e integralmente manual e para salientar a sua individualidade e garantir a sua valorização, cada peça é devidamente numerada e marcada.

Onde pode comprar
Atelier 55, Rua António Maria Cardoso, n.º 70/74, Chiado, Lisboa
Casa da Lagariça, Rua Petrus Gutteri, Castelo Novo
Água Furtadas, Rua Miguel Bombarda 285 loja 4, Porto

sábado, 1 de maio de 2010

Arte da Terra



Talvez a primeira peça de artesanato que comprei a pensar no Passado de Pedra!
De há alguns anos para cá, todos os anos cumpro uma romaria familiar à Feira de Artesanato, na FIL e foi ali que comprei a primeira ovelha desta colecção.
Anos depois, após as primeiras cinco ovelhas, deixei de encontrar a “mãe” destas ovelhas na FIL e só algum tempo depois e graças à internet encontrei o singular atelier onde trabalha Maria Carvalho, a artesã responsável pelo meu rebanho.
A minha última ovelha, a 6, foi comprada no atelier, em Paradela do Rio, onde os dois artesãos fundadores do atelier Arte da Terra vivem e trabalham criando peças artesanais únicas e com uma criatividade imensa.
A pequena aldeia situa-se no concelho de Montalegre e a sua visita transporta-nos ao passado!

As peças de Maria Carvalho transmitem emoções e fazem com que não seja possível resistir-lhes. Observem a expressão das ovelhas do meu rebanho e julgo que logo irão perceber porque não consigo deixar de aumentar a minha colecção.

A artesã utiliza materiais diversos e invulgares, nomeadamente barro, pasta de barro reciclado, ferro velho, pedra, tojo, terra e bosta de vaca (imaginem!!), para executar as suas peças.

Aqui fica a morada e contactos:
Rua do Fundo da Rua, 6
5470-362 Paradela
Montalegre
Coordenadas:41º45'48.08''N 7º56'45.77''W
tel.: 276 565 100
tlm.: 968 429 033
artedaterra@mail.telepac.pt

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Festival Gastronómico de Belmonte

De 8 a 23 de Maio vai decorrer no concelho de Belmonte o Festival Gastronómico, onde poderá provar e deliciar-se com os sabores da Beira Interior.

Não perca esta oportunidade de conhecer a gastronomia do concelho, são onze os restaurantes aderentes e haverá certamente um "cabritinho" à sua espera!!!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

A Casa da Roda de Caria


A Casa da Roda, em Caria, fica situada num local discreto, junto á Rua do Reduto, foi recuperada e musealizada em 2009 e ali se pode reviver o passado e reflectir sobre presente.

Foi edificada em 1784, data que está gravada na pedra por cima da roda, para dar cumprimento a uma Lei de Pina Manique (reinado de D. Maria I), de 30 de Maio de 1783, que exigia a criação de Casas da Roda em todas as vilas e sedes de concelho.

O estado terá tomado esta medida porque o aumento da população era bem visto, para combater o infanticídio, uma prática que era então frequente, e também para reduzir a falta de assistência aos abandonados.

Eram casas destinadas a acolher órfãos, crianças recém-nascidas “não desejadas” ou bastardas, cujos pais não pudessem assumir os seus cuidados.

As rodas eram uma instituição municipal já que todo o país estava “controlado” por municípios e eram os municípios que sustentavam as Casas da Roda.

As Rodas tinham aberturas para o exterior para que o exposto pudesse respirar. Por vezes a Roda tinha duas “prateleiras”, na parte inferior era depositada a criança e na parte superior o enxoval da criança, quando este existia ou outros objectos, nomeadamente cartas, lenços, medalhas para permitir a sua posterior identificação e recuperação, embora se saiba que isso raramente acontecia.

A assistência consistia na recolha e criação do exposto, até aos seus 7 anos, e numa segunda fase na sua integração social pelo trabalho dos 8 anos até à maturidade.

O anonimato era muito importante e cultivado até à exaustão e por isso existia uma sineta que alertava a Rodeira, que estaria presente dia e noite, e que girava a Roda recolhendo a criança. Era depois efectuada, pelo escrivão da câmara, uma matrícula muito pormenorizada, que era inscrita no chamado Livro dos Expostos, guardava-se e registava-se tudo o que as crianças traziam quando eram deixadas na Roda.

Na Casa da Roda, ou nas suas casas próprias viviam as amas de leite, que amamentavam as crianças. Mais tarde as crianças ficavam à guarda das chamadas amas-secas para quem trabalhavam ou eram entregues como criados a quem pagasse mais.

A partir dos finais dos anos 50, do século XIX, a contestação ás Rodas levou à sua extinção.