domingo, 1 de maio de 2011

A “Via da Estrela” – Cáceres, Idanha-a-Velha, Penamacor, Caria, Belmonte……… Braga

 "Todos os caminhos vão dar a Roma" - Parte II


A “Via da Estrela”, como é agora conhecida, é constituída por 5 etapas:

1. CÁCERES-ALCÁNTARA inicia-se no caminho de Malpartida e segue paralela à actual estrada que se dirige a Arroyo de la Luz, segue depois em direcção a Brozas, onde existe um antigo Hospital de Peregrinos, e dirige-se até Villa del Rey, continua pelo Caminho Velho de Alcântara, passando junto ao castro romano de Los Castillejos.

2. ALCÁNTARA-IDANHA-A-VELHA em Alcântara pode observar-se a monumental ponte romana e o Convento de San Benito. É atravessando esta ponte, construída no séc. I d.C, que se chega à localidade de Estorninos, onde é possível encontrar uma igreja dedicada a Santiago. O caminho segue até à ponte romana de Segura e aí atravessa-se a fronteira Espanha-Portugal. A via continua pelo vale da Ribeira da Calçada até à localidade de Alcafoces. Dirigindo-se a norte, para a ponte romana e medieval sobre o rio Ponsul. Chega-se assim a Idanha-a-Velha.

3. IDANHA A VELHA - BELMONTE a via segue a direcção oeste, para o cemitério de Idanha- a Velha e atravessa a Ribeira de Moinhos, chegando à localidade de Medelim. Existe um caminho alternativo que se dirige a Penamacor, onde se encontra uma antiga igreja de Santiago.
De Medellim a via segue para a Bemposta e continua para as aldeias de Pedrogão, Mata Rainha e Quintas da Torre, onde se podem observar a “Torre dos Namorados” (vestígio romano), e finalmente chega à Capinha, onde ainda se pode observar calçada romana junto a à capela de São Marcos e a ponte romano-medieval sobre a Ribeira de Meimoa.
Da Capinha segue em direcção a Caria, onde ainda se podem observar alguns vestígios da calçada romana. Atravessa a Ribeira de Caria por uma antiga ponte medieval com fundações romanas, e passando por Malpique contorna a oriente a vila de Belmonte, chegando assim às impressionantes ruínas de “Centum Cellas”.
No castelo de Belmonte poderá observar alguns marcos miliários que pertenciam à via. Em Belmonte poderá também visitar a Igreja de Santiago.

4. BELMONTE- FAMALICAO DA SERRA- RÍO MONDEGO da estação de caminhos de ferro de Belmonte a calçada dirige-se a “Centum Cellas”, situada junto à localidade de Colmeal da Torre. Antes de chegar a esta localidade a calçada toma a direcção oeste pela margem esquerda do río Zézere chegando à localidade da Lameira e à povoação de Valhelhas de onde segue para Barrelas, Cadouço e Quinta da Eira. Em Lameiras e Quinta da Eira foram encontrados vários marcos miliários, mas foram retirados dos locais originais. Chega-se à povoação de Famalicão da Serra onde a calçada é conhecida como “Estrada de Heródes” es conocida como “Estrada de Herodes”, pela Serra da Estrela chega à Quinta da Taberna, junto ao rio Mondego

5. RÍO MONDEGO-ABRUNHOSA A VELHA-VISEU o caminho atravessa o rio Mondego em Quinta da Taberna e dirige-se a norte chegando a Videmonte, en plena Serra da Estrela, segue a oeste para Linhares, a calçada aqui chamada de “Estrada dos Almocreves” sai de Linhares junto à igreja da Misericórdia, e segue para a Ribeira de Linhares e depois para Figueiró da Serra. Continua até Cortes da Serra, atravessaol rio Mondego por Cabra e chega a Abrunhosa-a-Velha, onde se localizavam quatro miliários. A calçada pode observar-se em Santiago de Cassuraes, Almeidinha e Mangualde. Em Mangualde foi localizado um miliário com a milha XI, e calçada junto a la Quinta da Raposeira.

Continua por Roda, Fagilde, atravessa o rio Dão, Prime e chega à cidade de Viseu onde entra pela porta da Cidade Antiga junto a capela de São Miguel.
Viseu foi, durante o domínio romano, um centro urbano de grande importância e centro de redes para o seu extenso território, como foi possível comprovado pelo aparecimento de vários marcos miliários e pela rede de calçadas.
A “Via da Estrela” chega a Viseu e daqui partia uma via para a cidade romana de Bracara Augusta e a partir de Braga, no séc. X, chegava-se ao Santo Sepulcro.

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