Conheci o Eime através do Wool, Covilhã Urban Art Festival, e a partir dai ficou a vontade de um dia ter o seu trabalho no Passado de Pedra.
A ideia inicial era um trabalho no exterior, mas esse teve de ficar para a Primavera…
Para que não ficasse triste… o Eime propôs fazer dois trabalhos, um para o exterior e um para o interior.Perguntou-me o que pretendia, e eu respondi que tinha uma grande admiração por “caras enrugadas”. É estranho, bem sei…, mas não resisto a uma “cara enrugada”!
Aqui ficam as fotografias do trabalho, falta escolher o local onde vai ficar!
Na vida real, Eime, chama-se Daniel, nasceu nas Caldas da Rainha onde começou por fazer os primeiros graffiti. Depois partiu para Lisboa, onde evoluiu para a arte urbana e actualmente vive no Porto, tendo decidido dedicar-se à pintura com stencils em grande formato. Utiliza as sombras e diferentes tonalidades para construir os seus retratos, dando-lhes uma expressividade impressionante.
Com a Wool aprendi a gostar da chamada “Arte Urbana” e partilho
da sua opinião, que seguidamente transcrevo:
“A Arte Urbana é para todos, e não é o vândalo
bicho-de-sete-cabeças que muitas vezes se pinta, podendo mesmo ter um papel
importante na regeneração das cidades e também na vida pessoal de muitos. Não
basta, no entanto, expor estruturadamente estas noções para que as mentalidades
comecem a mudar, porque muitas vezes o preconceito ultrapassa a secura da
lógica.”
Agora aguardo com ansiedade a Primavera, para ver concretizado o trabalho no pátio do Passado de Pedra.